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Aberto prazo da consulta pública sobre abamectina

REAVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA

Aberto prazo da consulta pública sobre abamectina

Consulta pública sobre os resultados da reavaliação toxicológica do ingrediente ativo abamectina em produtos agrotóxicos está aberta para contribuições por 60 dias.
Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 31/10/2019 15:47
Última Modificação: 04/11/2019 00:56

Está aberto o prazo para contribuições à Consulta Pública 728/2019 da Anvisa, que trata da reavaliação toxicológica do ingrediente ativo abamectina em produtos agrotóxicos no país. Os interessados têm até o dia 23 de dezembro de 2019 para enviar as suas contribuições.

A proposta da Agência, que é resultado de criteriosa avaliação realizada por técnicos da instituição, com base nas evidências científicas mais atuais sobre a abamectina, prevê a manutenção do ingrediente ativo no mercado nacional, com a adoção de medidas restritivas voltadas para a proteção da saúde dos trabalhadores e das pessoas que residem próximo às áreas em que o produto pode ser aplicado. Além dos estudos conduzidos com a substância em questão, a Anvisa também analisou uma série de dados nacionais sobre agrotóxicos.

Entre as informações avaliadas, estão os números mais recentes do monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos. Nesse caso, a Agência avaliou a presença da abamectina em 8.498 amostras de 21 tipos de alimentos, coletadas desde 2013, tendo sido identificada a sua presença em 0,3% das amostras. Esses resultados permitiram concluir que o risco dietético relacionado à ingestão de alimentos com resíduos de abamectina está abaixo do nível de preocupação.

Também foram analisados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que revelaram qual é o perfil de intoxicações por abamectina no Brasil.

Com base na avaliação das evidências disponíveis, a Anvisa concluiu que a abamectina não apresenta características mutagênicas, carcinogênicas, tóxicas para a reprodução e nem teratogênicas (que causam malformação fetal).

Trabalhadores rurais

A Anvisa concluiu, ainda, que a abamectina apresenta risco considerável à saúde dos trabalhadores que atuam em lavouras e das pessoas que vivem próximo a essas áreas. Por isso, foram propostas medidas preventivas relacionadas à manipulação do produto durante a sua aplicação e a sua dispersão, como, por exemplo: proibição das aplicações costal manual e motorizada e estacionária/semiestacionária em algumas culturas; inclusão da exigência de utilização de tecnologia de redução da deriva de pelo menos 50% para todos os tipos de aplicação tratorizada em todas as culturas; e inclusão da exigência de utilização de sistema fechado de mistura e abastecimento para aplicação aérea em todas as culturas, entre outras.

Veja o programa Papo Expresso com o coordenador de Reavaliação da Anvisa, Daniel Coradi, e entenda mais sobre o tema:

Conheça todas as informações sobre a reavaliação toxicológica da abamectina.

Como participar?

O primeiro passo é conhecer a proposta de Resolução da Diretoria Colegiada, que está disponível na área de consultas públicas do portal da Anvisa. Depois da leitura e avaliação do texto, sugestões poderão ser enviadas eletronicamente, por meio do preenchimento de formulário específico.

As contribuições recebidas são consideradas públicas e estarão disponíveis a qualquer interessado, por meio de ferramentas contidas no menu “resultado” do formulário eletrônico, inclusive durante o processo de consulta.

Ao término do preenchimento do formulário, será disponibilizado ao interessado o número de protocolo do registro de sua participação, sendo dispensado o envio postal ou protocolo presencial de documentos.

Aqueles que não têm acesso à internet também podem participar. Nesse caso, as sugestões e comentários podem ser enviados por escrito, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Gerência Geral de Toxicologia (GGTOX) – SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. Excepcionalmente, contribuições internacionais poderão ser encaminhadas em meio físico, para o mesmo endereço, mas direcionadas especificamente à Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte).

Após o término da Consulta Pública, a Agência fará a análise das contribuições e poderá, se for o caso, promover debates com órgãos, entidades e aqueles que tenham manifestado interesse no assunto, com o objetivo de fornecer mais subsídios para discussões técnicas e deliberação final da Diretoria Colegiada.

Saiba mais: entenda o que é reavaliação toxicológica de agrotóxicos.

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